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Sanções podem deter Irã, diz vice-chanceler de Israel

DO RIO

O vice-chanceler israelense, Daniel Ayalon, disse que sanções econômicas e diplomáticas ainda podem deter o programa nuclear do Irã.

Ayalon elogiou a presidente Dilma Rousseff por não ter recebido Mahmoud Ahmadinejad na última visita do presidente iraniano à América Latina, em janeiro -segundo ele, isso reforçou o isolamento de Teerã.

"O Irã é vulnerável. Late mais do que morde. Só agora as sanções começam a funcionar", disse Ayalon, membro do partido de ultradireita Israel Beitenu, em palestra no Centro Brasileiro de Relações Internacionais, no Rio.

Ele não quis confirmar se as ameaças de ataque de Israel são para valer. Mas disse que o resultado das novas negociações entre Teerã e o P5+1 (as cinco potências do Conselho de Segurança da ONU e a Alemanha) poderá determinar se haverá guerra.

O vice-chanceler lembrou que o americano Barack Obama disse, na semana passada, que uma bomba iraniana é um problema não só para Israel, mas para os EUA também. A declaração foi criticada por analistas para os quais um Irã nuclearmente armado não ameaçaria a segurança nacional americana.

"Um Irã nuclearizado seria o fim da ordem internacional como a conhecemos", enfatizou Ayalon.

Ele afirmou que Israel lançou a atual onda de ataques a Gaza para impedir atentados planejados pelo grupo Jihad Islâmica através da fronteira do Sinai -o que o Egito nega. Disse que a trégua mantida pelo Hamas, no poder em Gaza, não tem credibilidade porque o grupo supostamente acoberta o lançamento de foguetes por outras facções radicais.

Ayalon disse também que não chamaria de "primavera" as atuais revoltas árabes, já que a primeira onda revolucionária "autêntica" deu lugar a uma segunda, de "extremismo islâmico".

(CLAUDIA ANTUNES)

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