Índice geral Mundo
Mundo
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Chefe da inteligência de Gaddafi é capturado

Líbia e França pedem a extradição de Abdullah al Senussi, preso na Mauritânia

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Abdullah al Senussi, chefe da inteligência de Muammar Gaddafi e braço direito do ditador líbio (1942- 2011), foi preso ontem na Mauritânia, anunciaram autoridades do país.

Senussi é procurado pelo Tribunal Penal Internacional (TPI), sob a acusação de crimes contra a humanidade.

A agência oficial da Mauritânia disse que Senussi foi preso anteontem ao chegar ao aeroporto de Nuakchott, em um voo procedente de Casablanca (Marrocos).

A Mauritânia não assinou o Estatuto de Roma -que estabeleceu o Tribunal Penal- e ontem, até a conclusão desta edição, o governo não havia se manifestado sobre o que faria com Senussi.

"Vamos solicitar às autoridades da Mauritânia uma confirmação oficial e procurar sua cooperação para a rendição do suspeito ao tribunal", disse o porta-voz do tribunal, Fadi El-Abdallah

ATENTADOS

A prisão de Senussi levou a uma disputa por sua extradição, ligada a uma série de atentados terroristas das décadas de 1980 e 1990, quando a Líbia de Gaddafi travou uma guerra secreta contra o Ocidente.

Senussi é acusado de participar de vários destes ataques, incluindo em 1988, quando um avião explodiu sobre a Escócia durante um voo entre Londres e Nova York, matando 270 pessoas.

A França já pediu sua extradição para julgá-lo por um atentado a um avião sobre o Níger, em 1989, que matou 170 pessoas, dentre elas 54 franceses.

Já Trípoli vai pedir que Senussi seja levado à Líbia, para que possa garantir um "julgamento justo", segundo o ministro da Justiça do país, Khalifa Achour.

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.