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Tremor de magnitude 7,4 assusta o México

Moradores saem às ruas da capital com medo de desabamentos; não há registro de mortos ou danos à infraestrutura

No Estado de Guerrero, no sul do país, próximo do epicentro, número de casas danificadas gira em torno de 500

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
DE SÃO PAULO

Um terremoto de 7,4 graus de magnitude, segundo o Serviço Geológico dos EUA, atingiu ontem o México, levando pânico à capital, que ficou momentaneamente sem serviços de luz e telefonia.

Ao menos 500 casas foram danificadas no Estado de Guerrero (sul), próximo ao epicentro. Não havia registro sobre mortos ou prejuízos maiores de infraestrutura até a conclusão desta edição, de acordo com o presidente mexicano, Felipe Calderón, e o prefeito da Cidade do México, Marcelo Ebrard.

Na Cidade do México, de mais de 20 milhões de habitantes, milhares deixaram edifícios de empresas, escolas e repartições públicas temendo desabamentos. Em Azcapotzalco (noroeste da capital), uma passarela de pedestres caiu sobre um micro-ônibus. Não houve feridos.

A brasileira Dulce de Mattos Alvarez, 67, estava em seu escritório na Universidade Autônoma Metropolitana, onde leciona, quando sentiu o tremor.

"Saí da sala e agarrei a mão da primeira pessoa que vi, nem sabia quem era. Tenho muito medo de terremoto, jamais me acostumei com eles. Fiquei assustadíssima", diz.

Há 38 anos radicada no país, a professora brasileira diz que é difícil não se lembrar da tragédia de 1985, quando um terremoto de 8 graus de magnitude matou ao menos 10 mil. "Daquela vez não sobrou quase nada."

A ordenada operação para deixar o edifício da universidade e a menor intensidade das réplicas que se seguiram ao tremor principal tranquilizariam Alvarez. "Meu marido nos trouxe para casa dirigindo. Felizmente, o mexicano já tem uma cultura de terremoto", contou.

TONTURA

Num outro ponto da capital, a jornalista Renata Castanha Avediani, 30, paulistana que está há cinco meses no México, pensou que cairia no chão da sua cozinha, no 29º andar de um edifício no bairro de Santa Fé. "Senti uma tontura muito forte. Segurei na bancada da cozinha para tentar não cair", disse ela.

Quando olhou para os três lustres que balançavam e ouviu o estalar dos janelões de vidro, deu-se conta de que era um tremor. "Senti o primeiro tremor em dezembro, mas esse foi mais forte. Para nós, brasileiros, é uma sensação muito nova. Ainda estou tremendo um pouco. O prédio balançou inteiro, como se tivesse uma mola", continua ela, que desistiu de descer de elevador com medo de ficar presa em caso de réplica.

FILHA DE OBAMA

A Casa Branca informou ontem que a filha de Barack Obama, Malia, 13, de férias com colegas de escola no México, está "sã e salva e jamais esteve em perigo". Malia estava em Oaxaca, a menos de 200 km do epicentro.

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