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Nobel da Paz é eleita deputada em Mianmar

Ativista Aung San Suu Kyi, que foi presa política durante 15 anos, fará parte do Parlamento do país asiático

Eleição é considerada parte do processo de abertura do país, que vem sendo governado por uma junta militar

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Aung San Suu Kyi, ativista pró-democracia e Nobel da Paz, conseguiu uma cadeira no Parlamento em eleições realizadas ontem em Mianmar, informou seu partido, a LND (Liga Nacional para a Democracia).

Foi mais um passo na abertura política no país do Sudeste Asiático, independente do Reino Unido em 1948, e que passou grande parte de sua existência governado por uma junta militar.

Suu Kyi, 66, passou 15 anos em prisão domiciliar e foi libertada no fim de 2010. Em 1990, seu partido -o maior grupo opositor do país- ganhou as eleições livres, mas a vitória no pleito foi cancelada pelos militares.

Os Estados Unidos e a União Europeia condicionam o fim de sanções econômicas ao país a reformas políticas.

No pleito, um total de 45 cadeiras vagas no Parlamento estavam em disputa.

A LND de Suu Kyi e o partido liderado por Thein Sein, atual presidente do país (antiga Birmânia), eram os únicos que tinham candidatos em todas as numerosas circunscrições eleitorais do país, a maioria localizada nas zonas rurais.

De acordo com a LND, a opositora conseguiu a vitória em todos os centro eleitorais de sua circunscrição.

CAMPANHA

A votação foi realizada após o chefe das Forças Armadas de Mianmar, o general Min Aung Hlaing, ter rejeitado na semana passada qualquer tentativa de reforma da Constituição que reduzisse o poder político dos militares.

Durante sua campanha, Suu Kyi defendeu a diminuição das cadeiras do Congresso destinadas às Forças Armadas.

A Constituição de 2008 reserva para os chefes e oficiais 110 vagas das 440 que compõem o Parlamento, e 56 das 224 do Senado.

A vitória da ativista como deputada seria o primeiro passo para ela concorrer à Presidência em 2015.

FRAUDES

A LND havia denunciado irregularidades durante a votação, especialmente em cédulas.

Perseguições a candidatos da oposição e a destruição de cartazes na campanha também foram apontados pela oposição.

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