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Vice argentino ataca a mídia após acusações

Amado Boudou comparou dono do 'Clarín' aos protagonistas de 'O Poderoso Chefão'

SYLVIA COLOMBO
DE BUENOS AIRES

O vice-presidente argentino, Amado Boudou, atacou ontem a mídia e a Justiça ao se defender das acusações de tráfico de influência.

Boudou disse que está sendo vítima de um "ataque midiático das máfias" e desqualificou o juiz Daniel Rafecas, que ordenou anteontem uma busca em um de seus imóveis, em Buenos Aires.

Os agentes encontraram no apartamento contas em que figura o nome de Alejandro Vanderbroele, dono de uma gráfica que Boudou é acusado de favorecer ilegalmente.

O vice-presidente chamou a imprensao Senado e falou por 45 minutos, sem permitir perguntas de jornalistas.

"Em vez de nos preocuparmos com a Argentina real, estamos aqui falando da Argentina de Héctor Magnetto [um dos donos do "Clarín"], do 'La Nación' e do 'Perfil'."

Ele acusou o juiz Rafecas de atuar de forma irregular, ao avisar a imprensa sobre a ação para que ela tivesse mais visibilidade. Classificou a busca como "ataque às instituições" e disse que o governo do qual faz parte representa o desejo do voto popular.

Ao explicar o que considerava "máfias", Boudou disse que assistira ao filme "O Poderoso Chefão" na noite anterior e vira semelhanças entre o modo de atuar de Magnetto e o dos protagonistas.

O grupo Clarín emitiu nota rechaçando "as disparatadas e maliciosas declarações". "Uma vez mais se pretende desviar a atenção das próprias responsabilidades diante de fatos graves, tentando difamar quem transmite a informação", diz o texto.

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