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Governo grego usa agenda positiva para enfrentar protestos anticrise

Atenas anunciou ontem aumento da adesão à troca da dívida

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

No dia seguinte ao suicídio de um aposentado em decorrência da grave crise econômica na Grécia, o governo anunciou que 97% dos investidores privados aceitaram os termos da operação de troca da dívida do país.

A taxa de participação cresceu 1% desde o último anúncio, há um mês. O país também estendeu até o próximo dia 20 o prazo para os últimos credores aderirem ao acordo. Se tiver sucesso, será a maior reestruturação de dívida da história.

O farmacêutico aposentado Dimitris Christoulas, 77, que se matou anteontem nos arredores do Parlamento, passou a ser visto como símbolo dos protestos às medidas de austeridade impostas à Grécia. Um bilhete encontrado em seu bolso dizia que se matar era a única alternativa de um "fim digno", já que não lhe restavam opções de luta contra a crise.

Ontem, cerca de mil pessoas foram à praça Syntagma, cenário do episódio, para prestar homenagens.

Manifestantes gritavam palavras de ordem como "assassinos", enquanto a polícia respondia com bombas de gás em um confronto que durou 20 minutos.

O primeiro-ministro grego, Lucas Papademos, disse em nota que nos atuais tempos difíceis é necessário apoiar "quem está em desespero". O FMI (Fundo Monetário Internacional) também expressou condolências.

"Estamos muito tristes em saber de qualquer morte nessas circunstâncias e gostaríamos de expressar nossa consideração", disse o porta-voz da organização.

Redução de gastos públicos, privatizações e um drástico pacote de cortes no país são as condições estabelecidas pela "troica" (Comissão Europeia, FMI e Banco Central Europeu) para conceder à Grécia empréstimos que evitem calote desordenado da dívida pública.

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