Índice geral Mundo
Mundo
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Foco

Teerã promove concurso de robôs para exaltar desenvolvimento tecnológico

Atta Kenare/France Presse
Holandesa torce pelo time de sua universidade em campeonato de inteligência artificial em Teerã que reúne 397 equipes
Holandesa torce pelo time de sua universidade em campeonato de inteligência artificial em Teerã que reúne 397 equipes

SAMY ADGHIRNI
DE TEERÃ

Uma pequena engenhoca sobre rodas avança num percurso cheio de obstáculos no chão, sob o olhar atento de dois rapazes de blazer.

São juízes de uma das provas da 7ª Robocopa de Teerã, torneio que reúne a nata da engenharia mecatrônica iraniana e convidados estrangeiros. Os vencedores serão anunciados hoje, após três dias de competição.

O torneio anual é disputado por estudantes das melhores universidades do país, com a bênção do regime.

"O islã incentiva a ciência, e os iranianos são muito talentosos", disse à Folha Morteza Mousakhani, presidente da Universidade Qazvin e diretor da Robocopa.

Há várias categorias de disputa. Alguns robôs competem numa simulação para ver qual acharia mais rápido sobreviventes sob escombros.

Outros literalmente voam pelo pavilhão onde é realizado o concurso, testando sistemas de reconhecimento facial. Há também os destinados a tarefas submarinas.

O que mais atrai o público, quase todo adolescente, não é uma prova, mas uma demonstração de robôs que jogam futebol contra humanos.

PASSES

Numa quadra em tamanho real, três engenheiros têm dificuldade para tocar a bola enquanto três objetos com jeito e tamanho de enceradeira fazem marcação cerrada.

Quando os robôs trocam passes, os humanos anuentes deixam a ação seguir até surgir o gol, para delírio da plateia abarrotada.

Em outra quadra a poucos metros dali, a disputa é só entre robôs, menores e mais articulados. Ao fim do jogo, os humanoides iranianos derrotaram os trazidos pela equipe da Universidade Livre de Berlim, que veio com despesas pagas pelo governo do Irã.

Apesar do entusiasmo geral, boa parte dos competidores enfrenta limitações técnicas. A estudante Naghmeh Oftadegan, 22, não conseguiu sequer apresentar seu robô-aranha detector de gases tóxicos.

"O controle remoto quebrou. Mas valeu a pena ter vindo, voltaremos no próximo ano."

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.