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Ditador diz que retaliará destruição de foguete

Para Coreia do Norte, interceptação será vista como 'declaração de guerra'

Japão e Seul ameaçaram atacar artefato caso se aproxime dos países; lançamento deve ser na próxima semana

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A eventual interceptação do "satélite" que a Coreia do Norte pretende colocar em órbita nos próximos dias será entendida pelo país como uma "declaração de guerra".

"[Qualquer país que] intercepte o satélite ou colete seus restos terá punição imediata, definitiva e implacável", disse o ditador Kim Jong-un, em um comunicado divulgado pela Agência Central de Notícias Coreana (oficial).

No mês passado, Pyongyang aceitou suspender testes com mísseis de longo alcance e sua atividade nuclear em troca de alimentos.

No entanto, dias depois, os norte-coreanos anunciaram o plano de lançar um foguete para colocar em órbita um satélite de observação.

Tóquio e Seul já anunciaram que vão interceptar o foguete se este se aproximar de seus territórios. O Japão chegou a determinar anteontem o desdobramento de um sistema de mísseis terra-ar em quatro pontos da província de Okinawa (sul) -área que pode ser sobrevoada.

De acordo com o comunicado de Kim, a destruição do foguete seria o "fim de tudo na Coreia do Sul".

Pyongyang convidou jornalistas e analistas estrangeiros a assistirem ao lançamento, que deve ocorrer entre 12 e 16 de abril, como forma de rebater rumores de que esse seria apenas um disfarce para um teste balístico.

Em meio à polêmica do foguete, o ditador norte-coreano visitou uma unidade naval que teria afundado o navio americano USS Baltimore na Guerra da Coreia (1950-1953).

Apesar de historiadores questionarem se o navio foi sequer enviado para a guerra, o naufrágio é usado por Pyongyang em sua propaganda antiamericana.

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