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Justiça nega liberdade condicional a Manson, 77

Foi o 12º "não" ao assassino da atriz Sharon Tate; próximo pedido só pode ser feito em 15 anos

Gus Ruelas/Reuters
Debra Tate, irmã de Sharon, se emociona após ouvir decisão
Debra Tate, irmã de Sharon, se emociona após ouvir decisão

FERNANDA EZABELLA
DE LOS ANGELES

Charles Manson, notório por ser o ex-líder de uma seita assassina dos anos 1960, teve seu pedido de liberdade condicional negado pela 12ª vez ontem.

Ele está preso na Califórnia desde que foi condenado por comandar o assassinato da atriz Sharon Tate e de outras seis pessoas, em Los Angeles, em duas noites seguidas de agosto de 1969.

Manson, 77, não participou da audiência, na qual se decidiu que ele ainda representa perigo para a sociedade.

Foi decisivo para o resultado o fato de Manson haver dito recentemente a um dos psicólogos da prisão: "Sou especial. Não sou como o prisioneiro médio. Mandei cinco pessoas para a cova. Passei a vida na prisão. Sou um homem muito perigoso".

Debra Sharon, irmã de Tate -então mulher do cineasta Roman Polanski ("O Bebê de Rosemary") e grávida de oito meses quando foi morta-, estava presente e chamou Manson de covarde por não aparecer e encará-la.

Este pode ter sido o último pedido de liberdade condicional de Manson, já que o próximo só poderá ser feito daqui a 15 anos, quando ele completaria 92 anos.

Guardas da penitenciária de Corcoran (centro do Estado) já encontraram dois celulares na cela de Manson nos últimos anos e uma arma caseira. Ele ligava para pessoas da Califórnia, de Nova Jersey e da Flórida em aparelhos descobertos em 2009 e 2010.

Antes da audiência, seu advogado tentava transferi-lo para um hospital psiquiátrico. "Ele não precisa mais de reclusão; precisa, sim, de hospitalização", disse DeJon R. Lewis à rede de TV CNN.

Em foto divulgada neste mês pelo sistema penitenciário, Manson aparece barbudo e cabeludo, grisalho, com uma tatuagem de uma suástica no centro da testa.

"Ele estaria perdido se saísse por aí. Ele está completamente institucionalizado", disse o procurador-geral de Corcoran, Patrick Sequeira, que defendeu sua permanência na prisão.

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