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Livro escolar sobre Stálin se torna best-seller em Moscou

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Um livro escolar sobre o ditador Josef Stálin (1879-1953) transformou-se em best-seller numa das principais livrarias da capital russa, Moscou, e despertou a ira de ativistas.

O livro de exercícios integra uma série com fotos e biografias dos "grandes nomes da Rússia" que inclui, entre outros, a imperatriz Catarina, a Grande (1729-1796), e o compositor erudito Sergei Rachmaninov (1873-1943).

A livraria Dom Knigi informou que seu estoque se esgotou em razão da rapidez das vendas, informação confirmada pela Alt, a editora moscovita responsável pela série.

O ditador, que governou a então União Soviética de 1922 até sua morte, em 1953, é acusado de ter matado cerca de 20 milhões, contando execuções em massa, mortes em campos de trabalho forçado e fome causada pela coletivização forçada da agricultura.

"Colocar o retrato de alguém em um livro de exercícios para crianças significa que essa pessoa será vista de um modo positivo, e não se pode fazer isso com criminosos", diz Lyudmila Alexeyeva, da ONG de direitos humanos Moscow Helsinki Group.

O diretor de arte da editora Alt, Artyom Bilan, alega que Stálin "foi o líder que ficou no governo por mais tempo e comandou o país no período mais difícil da sua história [a Segunda Guerra]".

Bilan criticou o que chama de tentativas de "lutar contra Stálin como se ele estivesse vivo". "Ele está morto e faz parte da nossa história."

Há dois anos, o presidente russo, Dmitri Medvedev -que passará o cargo a Vladimir Putin no início de maio-, declarou que os crimes de Stálin eram "imperdoáveis".

Porém, em 2008, pesquisa feita pela TV estatal da Rússia sobre as figuras que melhor representam o país trouxe o ditador em terceiro.

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