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Índia festeja êxito com o lançamento de novo míssil

Artefato com capacidade nuclear poderia atingir cidades na China

Ao contrário de teste feito recentemente pela Coreia do Norte, porém, experimento indiano recebe poucas críticas

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A Índia confirmou ontem o sucesso do teste de lançamento do primeiro míssil balístico intercontinental do país com capacidade nuclear e alcance para atingir cidades da China, como Pequim, e do Leste Europeu.

Porém, ao contrário de teste similar feito pela Coreia da Norte na semana passada, o lançamento indiano não obteve ampla condenação internacional.

O Agni-V foi lançado às 8h05 de ontem (23h35 de anteontem em Brasília) a partir da ilha de Wheeler, na costa leste da Índia. Após 20 minutos, o artefato atingiu seu alvo no oceano Índico.

O Ministério da Defesa indiano qualificou o teste de "imaculado".

"Hoje o lançamento com êxito do Agni-V é mais um marco em nossa busca por segurança e preparo e para explorar as fronteiras da ciência", disse o premiê da Índia, Manmohan Singh, em uma mensagem aos cientistas que desenvolveram o míssil.

O teste do Agni-V, com alcance de 5.000 km, ocorre em meio a tentativas das autoridades indianas de neutralizar a ameaça representada pela China, vista por Nova Déli como um rival militar em ascendência na região.

"O lançamento envia uma mensagem clara a Pequim", disse Uday Bhaskar, analista indiano de segurança.

Apesar de os jornais mais nacionalistas chineses terem chiado, Pequim reagiu friamente ao anúncio.

"Os dois somos países emergentes parceiros, não rivais", afirmou o porta-voz do Ministério de Assuntos Exteriores chinês, Liu Weimin, em coletiva em Pequim. "Ambos os lados devem preservar o duramente obtido bom estado das relações do presente."

Nos EUA, o porta-voz da Casa Branca Jay Carney afirmou: "Instamos todos os Estados com capacidade nuclear a exercer a contenção em torno de suas capacidades nucleares e de mísseis e continuamos a desencorajar ações que possam desestabilizar o Sudeste Asiático".

Carney relativizou as comparações com o teste norte-coreano da semana passada. "O histórico da Índia contrasta fortemente com o da Coreia do Norte, que já foi submetida a numerosas sanções pelo Conselho de Segurança da ONU", afirmou o porta-voz.

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