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Espanha rola dívida, mas ainda a taxas de juros altas

País vendeu mais de € 2,5 bilhões em títulos

RODRIGO RUSSO
DE LONDRES

Os resultados do leilão de títulos públicos promovido ontem pela Espanha foram bem recebidos pelo mercado e por analistas, mas ainda há sinais de preocupação quanto à capacidade de financiamento da dívida do país.

Com a grande procura dos investidores, a Espanha conseguiu captar um pouco mais do que os € 2,5 bilhões que planejava, em papéis com vencimento em dois ou dez anos. Apesar disso, os juros subiram para 5,74% nos títulos de dez anos; no leilão de janeiro, estavam em 5,4%.

Analistas consideraram positivo o fato de terem ficado em 5,86%, abaixo da casa dos 6%, também no mercado secundário -se mais elevados, teme-se que a Espanha não tenha como financiar sua dívida e precise de resgate.

Outro temor também foi afastado: o de falta de liquidez nos bancos espanhóis, que compraram boa parte dos títulos vendidos pelo governo neste ano após participarem do programa de empréstimos a baixos juros do Banco Central Europeu.

Apesar disso, especialistas avaliam que o volume de títulos com vencimento em dez anos foi muito pequeno -€ 1,43 bilhão- para espantar de vez os temores da comunidade internacional sobre o risco de um eventual resgate internacional à Espanha, que assim se equipararia à Grécia, a Portugal e à Irlanda.

Medidas de austeridade orçamentária estão sendo implementadas pelo governo do premiê Mariano Rajoy para evitar que isso aconteça.

Durante viagem pela América Latina, Rajoy pediu ontem ao povo espanhol que auxilie o governo a lidar com a crise: "Um esforço é necessário e imprescindível, porque neste momento não há dinheiro para pagar os serviços públicos", declarou.

Rajoy garantiu que as reformas de seu governo, embora impopulares, auxiliarão a manter e melhorar os serviços públicos do país.

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