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Espanha suspenderá compra de biodiesel argentino por caso YPF SYLVIA COLOMBODE BUENOS AIRES A Espanha anunciou ontem que suspenderá a compra de biodiesel da Argentina, em represália à decisão do governo local de expropriar 51% das ações da petroleira YPF, subsidiária da espanhola Repsol. Na última segunda-feira, a presidente Cristina Kirchner enviou ao Congresso um projeto de lei para nacionalizar a companhia. Já com a aprovação da maioria dos senadores, o texto deve virar lei em maio. Segundo o projeto de lei, os 51% de ações expropriadas virão exclusivamente da Repsol, que ficará com apenas 6,43% das ações. Ontem, Cristina disse que levará uma cópia do projeto de lei à tumba onde estão os restos de seu ex-marido e antecessor no cargo, Néstor Kirchner (1950-2010). "Vou levar o projeto envolto numa faixa argentina e vou deixá-lo aí", disse durante um ato na província de Santa Cruz, terra natal de Néstor. O mausoléu do ex-presidente foi inaugurado no último aniversário de sua morte, em outubro do ano passado. "Colocamos tudo ali, a camiseta do Racing [time para o qual torcia], rosários. Temos de colocar as coisas pelas quais uma pessoa lutou, com as quais sonhava e pelas quais morreu", disse. AZEITE As vendas de biodiesel elaborado à base de azeite de soja para a Espanha representam 66,3% das exportações argentinas desse produto. No ano passado, somaram US$ 990 milhões, segundo a Câmara Argentina de Biodiesel. Em resposta, ontem à noite, a presidente Cristina disse que seu país poderá absorver essa produção e pediu "tranquilidade a todos os argentinos". "Qualquer que seja a decisão soberana da Espanha, nós não vamos questionar", disse. Também ontem, o Parlamento Europeu aprovou uma resolução que "deplora a decisão tomada pelo governo argentino". Com agências de notícias Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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