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Eleições EUA

Obama fatura 1º ano da morte de Osama

Para marcar aniversário da ação contra líder da Al Qaeda, presidente alfineta virtual rival republicano, Mitt Romney

Romney rebate acusação de que não teria dado a ordem; ação deu a Obama popularidade recorde

VERENA FORNETTI
DE NOVA YORK

O presidente dos EUA, Barack Obama, usou ontem a morte do Osama bin Laden por militares americanos no Paquistão, que completa hoje um ano, contra seu virtual rival na eleição presidencial de novembro, Mitt Romney.

Ontem, o presidente fez referência indireta a uma frase dita pelo republicano em 2007: "Não vale mover céus e terras e gastar bilhões de dólares só para tentar pegar uma pessoa".

"Recomendaria que todos dessem uma olhada nas declarações anteriores das pessoas sobre se elas achavam apropriado ir ao Paquistão e pegar Bin Laden", afirmou Obama. "Eu disse que iria atrás do Bin Laden, e o fiz. Se há outros que disseram uma coisa e agora sugerem que fariam outra, então eu pediria que eles se explicassem."

Obama disse ainda que a efeméride era uma "oportunidade para refletir" e negou que a estivesse comemorando em excesso.

"Tenho dificuldade em pensar que uma celebração excessiva esteja acontecendo. Acho que os americanos se lembram bem que como um país conseguimos fazer justiça a alguém que matou 3.000 cidadãos nossos."

Na semana passada, a campanha de Obama já havia divulgado um vídeo em que o ex-presidente Bill Clinton questionava se Romney seria capaz de ordenar a morte de Bin Laden e correr os riscos da operação.

Romney respondeu ontem às acusações. "Claro [que teria decidido matar Bin Laden]. Até [o ex-presidente democrata] Jimmy Carter [ganhador do Nobel da Paz e defensor dos direitos humanos] teria dado a ordem", disse.

O governo americano está prestes a divulgar documentos apreendidos no esconderijo de Bin Laden no Paquistão. Segundo o chefe antiterrorismo da Casa Branca, John Brennan, os papéis mostram que o terrorista estava preocupado com o futuro da Al Qaeda e lamentava que ela estivesse repetindo erros e fracassos.

Amanhã a TV americana deve mostrar uma entrevista em que Obama discutirá os detalhes da operação que matou o terrorista.

As sucessivas menções de Obama à morte de Bin Laden em 1º de maio de 2011 têm sido interpretadas como uma tentativa de alavancar suas inten­ções de voto.

No dia seguinte à morte, a popularidade do presidente atingiu o maior nível em 18 meses, segundo o jornal "Washington Post".

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