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Congresso aprova lei de expropriação na Argentina

Nacionalização da YPF tem 207 votos positivos

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A Câmara de Deputados da Argentina aprovou ontem, com 207 votos a favor e outros 32 contra, a expropriação de 51% das ações da YPF. Houve seis abstenções.

O Senado já havia dito "sim" na semana passada.

Dessa maneira, Cristina Kirchner, presidente da Argentina, tem o caminho livre para assinar a lei que irá nacionalizar a maior empresa nacional do setor de petróleo.

O governo argentino justifica a medida argumentando que a companhia não vinha investindo o suficiente para ampliar a produção de petróleo e gás natural no país.

Com a expropriação, a espanhola Repsol perderá o controle sobre a empresa, que fora privatizada nos anos 90.

Apesar de a ação de Kirchner ter causado mal-estar na relação com o governo espanhol e levantado temor de que haja mais expropriações do tipo no continente, a maior parte dos argentinos apoia a presidente nessa ação.

As medidas de livre-mercado implementadas nos anos 1990 são vistas com desconfiança pela população local, além de serem apontadas como causa da crise econômica da década seguinte no país.

"Todas as empresas de petróleo que operam na Argentina [...] têm de trabalhar para o interesse público, que neste caso significa a auto-

suficiência de energia para a Argentina", afirmou ontem durante discurso na Câmara o deputado Agustin Rossi.

Foram cerca de 11 horas de debate para a votação. Houve fogos de artifício, após.

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