Grécia falha na 2ª tentativa de formar governo

Depois do fracasso do líder do partido conservador Nova Democracia, Antonis Samaras, em montar um governo de coalizão na Grécia após as eleições parlamentares de domingo, falhou ontem a segunda tentativa de formação de um gabinete no país -o que aumenta a probabilidade da convocação de novas eleições em junho.

Desta vez, quem fracassou foi Alexis Tsipras, jovem líder do Syriza (Coalizão da Esquerda Radical), segundo partido mais votado. Tsipras fez declarações contundentes contra o pacote de resgate ao país e queria sua anulação.

A partir de hoje, Evangelos Venizelos, líder do socialista Pasok, terceiro partido na preferência dos eleitores, tem três dias para tentar costurar uma aliança que permita a nomeação de um governo na Grécia. Para analistas, Venizelos, que defende o acordo de austeridade, também fracassará.

Caso seja confirmado esse cenário, o presidente do país convocará uma reunião entre os três líderes partidários, exortando-os a acertar um governo de união nacional. Se o encontro não for produtivo, haverá novas eleições.

Ontem, a chanceler alemã, Angela Merkel, a maior defensora das medidas de austeridade na Europa, defendeu a permanência da Grécia na zona do euro ao jornal "Passauer Neue Presse".

Merkel pediu que o país continue promovendo as reformas acertadas com os credores internacionais, que incluem o corte de salários e aposentadorias.

Apesar das incertezas sobre a permanência da Grécia na zona do euro, a Comissão Europeia confirmou que concederá € 4,2 bilhões ao país hoje, conforme previa o plano de empréstimo.