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Ataque rebelde mata 23 soldados sírios

Ação na cidade de Rastan, norte do país, é um dos maiores reveses sofridos até agora pelo ditador Bashar Assad

Confronto mostra a ineficiência do acordo de cessar-fogo da ONU; observadores no país têm circulação restrita

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Em um dos maiores ataques às forças de segurança do governo sírio, 23 soldados do Exército foram mortos por rebeldes na cidade de Rastan, no norte do país.

O porta-voz do rebelde Exército Livre da Síria, Sami Kurdi, disse que também houve três mortes entre os insurgentes e dez entre civis.

Não houve confirmação das mortes pelas autoridades sírias, mas sim pelo Observatório Sírio de Direitos Humanos, que reúne ONGs de oposição. O Observatório disse que, durante o confronto, três blindados do Exército foram destruídos, e outros dois, capturados pelos rebeldes.

Segundo Kurdi, o Exército do ditador Bashar Assad vinha bombardeando Rastan com artilharia pesada por dois dias. Na madrugada, eles invadiram a cidade pelo leste e os rebeldes responderam com armas.

Ainda segundo as forças rebeldes, as redes telefônicas e elétricas da cidade foram cortadas pelas forças governamentais e Rastan continua sendo bombardeada pelo Exército sírio.

O confronto foi mais uma demonstração da ineficiência do acordo de cessar-fogo proposto pela ONU entre governo e rebeldes, que entrou em vigor em abril. Segundo a organização opositora Mártires da Revolução Síria, 1.169 pessoas morreram, entre elas 71 crianças e 103 mulheres, desde o cessar-fogo.

Grupos de observadores da ONU estão no país, mas, segundo diplomatas ouvidos pela Reuters, a circulação deles vem sendo restringida a algumas partes da Síria, comprometendo seu trabalho.

BOICOTE E ADIAMENTO

O Conselho Nacional Sírio (CNS), principal grupo de oposição ao governo no exílio, disse que não participará da conferência que reunirá a Liga Árabe e grupos de oposição a Assad, prevista inicialmente para amanhã e depois de amanhã no Cairo.

Em um comunicado, o CNS disse que não concorda com o objetivo do encontro, que é o de formar uma delegação que participe de negociações com representantes do regime em Damasco.

"Defendemos o fim da ditadura e a passagem do poder a um regime democrático", disse o grupo. Por essa razão, o CNS afirma não ver sentido em participar de encontros de negociação com o governo de Assad.

Pouco tempo depois, a Liga Árabe decidiu adiar a reunião -a data do novo encontro não foi definida. O porta- voz do Conselho de Coordenação Nacional, outro grupo opositor sírio, disse que já pedira à Liga Árabe o adiamento do evento, para que houvesse mais tempo para os preparativos do encontro.

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