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Iraniano é executado por morte de cientista

Majid Fashi, de 24 anos, teria agido a mando do serviço secreto israelense

Em Viena, governo iraniano e agência da ONU para energia atômica mantêm encontro técnico

SAMY ADGHIRNI
DE TEERÃ

A Justiça do Irã enforcou ontem um homem condenado à morte sob acusação de ter assassinado em 2010 um cientista iraniano a mando do Mossad, o serviço secreto israelense, segundo a agência de notícias da República Islâmica.

Majid Jamali Fashi, 24, foi executado na prisão de Evin, norte de Teerã, nove meses após a mídia estatal divulgar uma suposta confissão em que ele admite ter preparado a moto-bomba que matou o físico Ali Mohammadi, 50.

Mohammadi foi o terceiro dos quatro cientistas iranianos a ser executados em plena luz do dia na capital do país nos últimos dois anos.

O Irã diz que as mortes são parte de um esforço do Mossad para sabotar o programa nuclear nacional, suspeito de visar a fabricação da bomba atômica, o que é negado pelo Irã. Israel não desmente nem confirma as acusações.

CONVERSAS

Mais uma rodada de conversas técnicas entre o Irã e a AIEA, a agência de energia atômica da ONU, foi encerrada ontem em Viena.

Os dois lados se disseram satisfeitos com o encontro e marcaram uma próxima reunião no dia 21. Não está claro se a AIEA obteve o direito de visitar uma base militar de Teerã onde se suspeita que tenha havido testes com explosões nucleares.

Os encontros coincidem com a retomada, após 15 meses de impasse, das negociações entre o Irã e as grandes potências, reunidas no grupo conhecido como P5+1.

As partes formalizaram o novo diálogo no mês passado em Istambul e se preparam agora para um novo encontro. O Irã deixou claro que quer negociar, desde que seja garantido seu direito de continuar enriquecendo urânio para fins medicinais.

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