Índice geral Mundo
Mundo
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Bebês brancos não são mais a maioria nos EUA, diz Censo

Foram 49,6% dos nascidos entre julho de 2010 e julho de 2011

Dados coletados indicam reversão de uma tendência histórica nos EUA; no Brasil, a proporção é igual

LUCIANA COELHO
DE WASHINGTON

Menos da metade dos bebês nascidos nos EUA é branca, informou o Censo ontem, revertendo uma tendência histórica. Os números excluem bebês de origem hispânica, classificados à parte.

Entre julho de 2010 e julho de 2011, 49,6% dos recém-nascidos nos EUA foram considerados brancos, contra 50,5% um ano antes.

O Censo não diz quando os brancos passaram a predominar entre os nascimentos.

Para efeito de comparação, o Censo de 2010 no Brasil registrou que, entre as crianças de um ano de idade, 49,6% foram declaradas brancas pelos pais (a proporção cai conforme a idade aumenta).

A reversão nos EUA era projetada desde 2000, quando as minorias étnicas (negros, latinos, asiáticos, indígenas e os ilhéus do pacífico majoritários no Havaí, além das pessoas que descendem de duas ou mais raças) respondiam por 91,7% do crescimento populacional.

Na última década, essa proporção subiu para 93,3%.

Apesar do avanço provocado pela imigração predominantemente jovem e pela taxa de fertilidade mais alta, as minorias ainda não são majoritárias no país. Perfaziam 36,6% da população, ou 114 milhões de pessoas, em 2011.

Esse contraste tem sido responsável por uma série de mudanças sociais e comportamentais no país onde a segregação racial já foi lei, e que hoje aceita melhor casamentos inter-raciais e elegeu seu primeiro presidente negro.

Em quatro Estados, as minorias são maioria: Havaí, Califórnia, Novo México e Texas, além do Distrito de Colúmbia.

Ainda assim, como lembrou o jornal "New York Times", enquanto 31% dos brancos têm diploma universitário no país, apenas 13% dos latinos e 18% dos negros estão na mesma situação.

O Censo dos EUA projeta que a inversão na população geral ocorra em 2042, refletindo o envelhecimento dos brancos de origem não hispânica. A idade média entre eles era, em 2011, de 42,3 anos, a maior entre todos os grupos étnicos.

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.