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Venezuela

Em cadeia de TV, Chávez ataca jornal de parentes de candidato opositor

DE SÃO PAULO - Após permanecer duas semanas sem aparições públicas, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, atacou ontem, em longa cadeia obrigatória de TV, o jornal "Últimas Notícias", o mais vendido da Venezuela, por supostamente pregar "incerteza" a respeito de sua saúde.

Em tratamento para um câncer do qual não revela detalhes, Chávez, que parecia bem disposto, comparou duas edições do jornal, uma das quais dizia que ele ainda "não sabia" quando se inscreveria como candidato às eleições presidenciais de 7 de outubro.

O prazo de inscrição termina em 11 de junho e Chávez havia dito anteontem que se inscreveria até lá, mas não deu data.

Popular, crítico moderado do presidente e receptor de publicidade do governo, o "Últimas Notícias" pertence ao Grupo Capriles, de parentes do candidato presidencial opositor, Henrique Capriles. "Senhores Capriles, vão converter isso [o jornal] outra vez em 'últimas mentiras'?", disse Chávez.

O presidente fez chacota de Capriles, de quem disse ter "vergonha alheia". O opositor, por sua vez, atacou o governo por suposta conivência com as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia). Anteontem, um comando da guerrilha, vindo da Venezuela, matou 12 soldados colombianos. Chávez ordenou reforço na fronteira. "É o cúmulo da cara de pau", disse Capriles.

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