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Consulado de Israel em SP fica em alerta por ameaça terrorista

Cônsul-geral afirma ter recebido a informação na semana passada

DE SÃO PAULO

O Consulado-Geral de Israel em São Paulo funciona em "estado de alerta" desde a semana passada, devido a uma advertência, que teria vindo de Jerusalém, de que diplomatas que servem no país podem ser alvo de um ataque terrorista.

A informação foi revelada ontem pelo jornal "O Estado de S. Paulo". O consulado situa-se na região da avenida Engenheiro Luiz Carlos Berrini, na zona sul da cidade.

De acordo com o cônsul-geral israelense na capital paulista, Ilan Sztulman, a ação poderia ser levada a cabo por integrantes do libanês Hizbollah, com apoio do Irã.

"A informação nos chegou há uma semana. Existe um alerta específico para [advertir] a América Latina, incluindo o Brasil", disse.

"As nossas medidas de segurança são hoje muito mais rigorosas do que normalmente, mas não posso dizer quais são. Estamos em um estado de alerta muito, muito maior", seguiu.

O Consulado-Geral de Israel em São Paulo foi reaberto em 2010, após sete anos de hiato.

O diplomata disse que entidades judaicas em São Paulo também foram informadas do tema, assim como autoridades brasileiras.

Consultada pela Folha, Dorit Shavit, chefe do departamento de América Latina do Ministério do Exterior israelense, disse, no entanto, que desconhece alertas específicos sobre o Brasil.

Apesar disso, confirmou que recentes informações da presença de elementos terroristas do Irã e do Hizbollah na região são motivo para manter em alerta as representações de Israel no continente.

Segundo o cônsul-geral, o alerta sobre o risco de atentado não lhe foi comunicado por sua Chancelaria, mas por outras agências do governo.

AMEAÇA

Na semana passada, o jornal italiano "Corriere della Sera" disse que o grupo Hizbollah (misto de partido e milícia xiita que integra o governo libanês) pretende fazer ataques na América do Sul.

O jornal destacou o Brasil, a Colômbia e a Bolívia como possíveis focos.

Questionado na semana passada, o chanceler brasileiro, Antonio Patriota, minimizou a ameaça.

Em tensão permanente com o Irã, Israel se queixa de que há na região países com fronteiras porosas.

Procuradas ontem pela reportagem, a Polícia Federal e a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) não comentaram o caso.

Colaborou MARCELO NINIO, enviado especial ao Cairo

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