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Capital do Tibete tem primeiros casos de autoimolação em 1 ano

Um manifestante morreu, de acordo com agência estatal chinesa

FABIANO MAISONNAVE
DE PEQUIM

Dois tibetanos atearam fogo em si mesmos em Lhasa anteontem, no primeiro incidente desse tipo na capital da região autônoma desde o início da onda de autoimolação, há cerca de um ano.

Um dos manifestantes morreu, segundo a agência estatal chinesa Xinhua.

O protesto ocorreu diante do templo Jokhang, atração turística da cidade localizada na região central.

A palavra "Jokhang" foi censurada ontem nos sites de busca chineses. Desde março de 2011, 34 tibetanos se autoimolaram em protesto contra a dominação chinesa. Ao menos 24 desses morreram.

"Trata-se de uma continuação de autoimolações em outras áreas tibetanas, e esses atos são todos direcionados para separar o Tibete da China", disse à Xinhua Hao Peng, encarregado do Partido Comunista para assuntos relacionados ao Tibete.

A maioria das autoimolações ocorreu em províncias do sudoeste vizinhas ao Tibete com população significativa dessa minoria.

Houve ainda um tibetano que se autoimolou em Nova Déli (Índia), durante a cúpula dos Brics, em março.

"A escala e a frequência dessas autoimolações são sem precedentes", afirma a ONG Free Tibet, com sede no Reino Unido, em declaração sobre os protestos.

"Esperamos que isso continue até que os tibetanos consigam o direito à autodeterminação, em vez de estarem ocupados por um regime opressor."

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