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Decisão deixa Assange perto da extradição

Justiça britânica autoriza transferência de fundador do WikiLeaks à Suécia, mas aceita último pedido de adiamento

Em curta audiência, magistrados recusaram recurso apresentado pela defesa de Assange, acusado de abuso sexual

JOHN F. BURNS
RAVI SOMAIYA
DO “NEW YORK TIMES”, EM LONDRES

A Suprema Corte britânica ordenou ontem que o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, seja deportado à Suécia para enfrentar acusações de abuso sexual no país.

Os advogados de Assange, no entanto, conseguiram adiar em pelo menos duas semanas sua entrega às autoridades suecas para ser interrogado em Estocolmo.

Após uma batalha legal que durou 18 meses, a Suprema Corte rejeitou por 5 votos contra 2 o recurso de Assange contra a extradição.

A decisão foi anunciada pelo presidente da corte, Nicholas Phillips, numa audiência que não durou dez minutos. A corte avaliou a competência do promotor sueco que pediu a extradição.

Assange chegou atrasado à audiência e não estava presente no anúncio da decisão.

Seus advogados logo apresentaram um pedido de adiamento, alegando que a corte tomou a decisão com base num detalhe da lei europeia que não tinha sido levantado em audiência anterior.

Segundo especialistas, contudo, há uma chance pequena de evitar a extradição.

As acusações de abuso sexual contra Assange surgiram após o WikiLeaks vazar centenas de milhares de telegramas militares e diplomáticos secretos dos EUA.

Ontem, após o anúncio da decisão, o WikiLeaks divulgou um comunicado em que acusa os governos americano, britânico, sueco e australiano (país de origem de Assange) de fazer um "esforço coordenado" para extraditá-lo aos EUA, onde seria "acusado criminalmente de espionagem em razão de atividades jornalísticas".

Segundo o texto, já teriam sido criadas forças-tarefa no Pentágono, CIA, FBI e Departamento de Estado para rastrear apoiadores de Assange.

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