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Google alerta para palavra censurada na China

Companhia, que tirou servidores do país em 2010, volta a desafiar governo comunista

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O Google voltou a desafiar Pequim, alertando os usuários da sua versão chinesa para palavras que são alvo de censura do governo local.

O usuário que, por exemplo, escrever "jiang" (rio) vai receber um aviso, dizendo que a busca pode "interromper temporariamente sua conexão com o Google. Essa interrupção está fora do controle do Google".

"Jiang" é também o sobrenome do ex-presidente Jiang Zemin (a ideia é evitar acesso a páginas críticas a ele).

A empresa americana disse que o aviso se deve ao fato de muitos usuários do seu site na China reclamarem que o serviço está "incoerente e pouco confiável". Muitos acabam impedidos de fazer nova pesquisa por um minuto.

"Os usuários regularmente estão recebendo mensagens como 'essa página não está disponível' ou 'a conexão foi reiniciada'", disse o Google, em um dos blogs oficiais, sem mencionar a censura do governo.

Como as palavras censuradas são segredo de Estado, a lista do Google foi feita a partir de levantamento com as "buscas problemáticas" entre as 350 mil pesquisas mais populares no site chinês.

A disputa entre o Google e o governo chinês ficou mais acirrada a partir de 2010, quando, devido à censura, a empresa fechou sua versão na China continental e direcionou as buscas para seus servidores em Hong Kong.

A busca em Hong Kong não sofre censura, mas, para quem faz a pesquisa a partir da China continental, a procura acaba sofrendo erros, por causa do bloqueio dos censores do país comunista.

Os problemas frequentes nas buscas fizeram com que o Google perdesse muito espaço no mercado chinês.

No final de 2009, o Google respondia por 36% das buscas na internet na China, ante 58% do rival Baidu. Agora, o Google tem 17% do mercado, e o Baidu (chinês), 79%.

Os usuários do Baidu não sofrem com o mesmo problema porque os censores do governo já apagaram as páginas problemáticas das buscas.

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