Índice geral Mundo
Mundo
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Chipre pode pedir ajuda à Europa para saldar dívida

Presidente do BC afirma que país está com dificuldade de se financiar

Governo precisa levantar € 1,8 bilhão até o fim de junho para recapitalizar o Banco Popular do Chipre

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Para tentar reverter o impacto da crise grega em seu sistema bancário, o Chipre pode ser o próximo país a recorrer à ajuda europeia.

A sinalização foi feita pelo presidente do Banco Central do país, Panicos Demetriades, em entrevista ao "Financial Times".

O Chipre corre contra o relógio para levantar € 1,8 bilhão (R$ 4,5 bilhões) até o fim do mês para recapitalizar o Banco Popular do Chipre, segundo maior credor do país.

"Evidentemente, quanto mais o prazo se aproxima, menos improvável isso [o pedido de ajuda] se torna", disse Demetriades.

O próprio presidente do banco em questão, Michalis Sarris, diz reconhecer que não há alternativa para o governo cipriota. "É difícil imaginar de onde virá [o dinheiro], senão da Europa", afirmou Sarris.

Segundo ele, o "apetite" para fazer empréstimos ao Chipre acabou há "muito tempo".

Os bancos do país perderam mais de € 3 bilhões (R$ 7,6 bilhões) com o acordo de reestruturação da dívida grega, e têm uma exposição de € 22 bilhões (R$ 55,6 bilhões) ao setor privado grego.

O Chipre faz parte da União Europeia desde 2004 e também adotou o euro. Se recorrer à ajuda do bloco, será o quarto país a fazê-lo, depois de Grécia, Portugal e Irlanda.

Sua situação econômica é grave, mas muito menos preocupante que a da Espanha, quarta maior economia da UE (atrás de Alemanha, França e Itália).

Na Europa, muitos já dão como certo que o país terá de recorrer a ajuda externa para socorrer seu sistema bancário e quitar suas dívidas.

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.