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Atriz pornô francesa se inspira em Cicciolina e tenta vaga no Parlamento

Céline Bara se define como comunista e defende mundo de prazer, igualdade e liberdade

RODOLFO LUCENA
COLUNISTA DA FOLHA

O fim do capitalismo e das religiões são parte da plataforma política da atriz pornô Céline Bara, 33, candidata à Assembleia Nacional francesa nas eleições deste mês.

Antiteísta e comunista, libertina e pornocrata, ela defende um "mundo de prazer, igualdade e liberdade".

Tentou vaga no Partido Comunista e no modernoso Novo Partido Anticapitalista, sem sucesso: "Fui muito mal recebida e decidi criar meu próprio partido", disse ela em entrevista à Folha por e-mail.

Com o marido, Cyrille Bara, seu primo e diretor dos filmes pornô em que atua, fundou o MAL, Movimento Anticapitalista e Libertino.

Ela considera as religiões "o flagelo da humanidade". "Desde tempos imemoriais, as religiões exterminam, torturam e massacram populações e continuam a impor suas ideias e sua concepção arcaica de moralidade."

O que é perfeitamente dispensável, na opinião dela: "Boa educação e muita cultura são suficientes para ajudar a encontrar um lugar na sociedade e a olhar para o futuro em vez de para o céu".

Na economia, defende o comunismo, "um sistema em que o dinheiro terá desaparecido e as pessoas serão valorizadas por sua capacidade de colaborar com o desenvolvimento social".

Apelidada de Cicciolina francesa, por tentar a política após obter fama na indústria pornográfica, como a ex-deputada italiana, ela se diz honrada. "Mas ela está mais no movimento ecologista, enquanto eu sou radicalmente orientada para o marxismo."

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