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Síria utiliza helicópteros e gera temor de massacre

EUA alertam Assad sobre punições futuras

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Observadores que integram a missão das Nações Unidas para a Síria registraram ontem um ataque de helicópteros, morteiros e tanques contra o que seriam áreas rebeldes.

A ação, revelada pelo enviado especial da ONU ao país, Kofi Annan, fez com que os Estados Unidos manifestassem o temor de "um novo massacre", agora em Haffeh, na província de Latakia.

"Lembramos aos comandantes sírios uma das lições da [Guerra da] Bósnia [1991-1995]: a comunidade internacional pode descobrir que unidades são responsáveis por crimes contra a humanidade, e os senhores serão considerados responsáveis por suas ações", alertou a porta-voz do Departamento de Estado americano, Victoria Nuland.

Ela, no entanto, negou novamente a intenção de uma intervenção militar dos EUA para tirar o ditador Bashar Assad do poder.

"Nossa preocupação é que uma intervenção de forças estrangeiras nesse conflito -que está à beira de se tornar uma guerra civil- não se transforme em uma guerra de poderes", disse.

Segundo ativistas, ao menos 50 pessoas teriam morrido ontem na Síria, em confrontos entre forças militares e rebeldes nas províncias de Homs, Idlib e Latakia.

ESCALADA

Annan disse ontem estar "profundamente preocupado" com a escalada de violência no país. Segundo seu porta-voz, Ahmad Fawzi, o enviado da ONU pediu "a todos os lados que assegurem que civis não serão atingidos".

Ativistas disseram que tropas sírias com helicópteros de combate também atacaram Rastan, uma cidade controlada pelos rebeldes em Homs e que tem resistido a ofensivas há meses.

A violência tem crescido nas últimas semanas, com ambos os lados ignorando o cessar-fogo mediado por Annan e que deveria ter entrado em vigor em 12 de abril.

Em 25 de maio, ao menos 108 pessoas morreram em um massacre na cidade de Houla.

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