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Família de senador procura refúgio no Acre

FELIPE LUCHETE
DE SÃO PAULO
FREUD ANTUNES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE RIO BRANCO

A família do senador boliviano Roger Pinto procurou refúgio no Brasil após o político ter buscado asilo na embaixada brasileira em La Paz, alegando sofrer perseguição do governo de Evo Morales.

A mulher, a filha, a sogra e dois netos do senador deixaram a cidade boliviana de Cobija, na fronteira com o Acre, há duas semanas. Entraram no país por Brasileia (AC) e estão em casa de conhecidos.

Pessoas próximas ao senador disseram à reportagem que a família se sentiu ameaçada depois que o senador se instalou na embaixada brasileira, no último dia 28.

Segundo elas, a família ouviu o relato de que militantes sociais pró-Morales planejavam queimar a casa do senador, para pressionar sua saída da embaixada. A mulher, Blanca, e os outros parentes cruzaram então a fronteira em busca de segurança.

De acordo com Roger Zavala, boliviano que se identifica como amigo da família e mora em Brasileia, Pinto passou a ser ameaçado depois de denunciar autoridades do país vizinho que teriam ligação com o tráfico de drogas.

Em carta divulgada na época em que pediu asilo político, declarou ter sofrido uma série de processos penais após suas acusações.

O senador Sérgio Petecão (PSD-AC) disse que recebeu de parlamentares bolivianos um dossiê sobre o caso.

"Quando eles voltaram para a Bolívia, a coisa ficou mais acirrada, e o líder da oposição recebeu ameaças de morte, por isso ele pediu asilo", disse o senador.

A Polícia Federal não soube informar a situação da família. O Itamaraty declarou não ter registrado o pedido de refúgio.

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