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Nações Unidas suspendem missão na Síria

Escalada da violência é a justificativa de Robert Mood, chefe da missão que supervisiona o cessar-fogo no país

Grupo de oposição ao governo teme um novo ataque na província de Homs, na região central do país árabe

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Os observadores mantidos pelas Nações Unidas na Síria suspenderam ontem suas operações no país devido ao aumento da violência nos últimos dez dias e aos ataques que vêm sofrendo.

Os cerca de 300 observadores não vão mais patrulhar o país, apesar de continuar ali "até segunda ordem", segundo o general norueguês Robert Mood, chefe da missão da ONU.

A suspensão será revisada dia a dia e as operações só serão retomadas quando houver situação "adequada" para o grupo continuar as atividades, afirmou Mood.

Para ele, a ausência de vontade do governo e dos rebeldes em chegar a uma transição pacífica aumenta os riscos para os observadores.

Os EUA disseram que, à luz da suspensão, vão se reunir com aliados para decidir os "próximos passos".

CESSAR-FOGO

A missão da ONU, proposta pelo mediador da organização e da Liga Árabe, o ex-secretário-geral Kofi Annan, foi mobilizada na Síria no último mês de abril. Ela faz parte de um plano da ONU de cessar-fogo no país.

Há 15 meses, o ditador sírio, Bashar Assad, reprime violentamente a insurgência contra o seu regime.

O ex-presidente do Conselho Nacional Sírio (CNS), principal coalizão de oposição a Assad, Burhan Ghalioun, pediu que se espalhem observadores armados.

"Está claro que não podemos contar com observadores desarmados. Deve-se enviar à Síria uma missão mais numerosa e capaz de se proteger ante a violência do regime", disse na Turquia.

O CNS advertiu que um "ataque selvagem" se desenhava em Homs, afirmando que 30 mil soldados e membros de milícias pró-governo se aproximavam da cidade.

GOVERNO

O governo sírio disse que "compreende" a decisão da ONU, principalmente no que se diz respeito à segurança dos observadores, informou nota do ministro sírio de Relações Exteriores.

Para Damasco, "os grupos terroristas aumentaram as ações criminosas e disparam contra os observadores de forma que ameaçam suas vidas, desde a firmação do acordo de Annan".

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