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Turco promete reagir a futura ameaça síria; Assad fala em 'guerra'

Avião derrubado pelo regime de ditador sírio motiva o endurecimento retórico

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A tensão entre Turquia e Síria cresceu ontem conforme Recep Tayyip Erdogan, o premiê turco, afirmou ter dado ordens ao Exército para reagir a qualquer ameaça síria que se avizinhe da fronteira.

"Todo elemento militar aproximando-se da Turquia pela fronteira síria e representando um risco à segurança será visto como uma ameaça militar e será tratado como um alvo militar", afirmou.

A escalada retórica, beirando o confronto armado, se deve ao avião turco que a Síria abateu, alegando ter tido seu espaço aéreo invadido -a Turquia diz que o avião foi atingido enquanto voava no espaço aéreo internacional.

"Todos deveriam saber que a ira da Turquia é tão forte e devastadora quanto sua amizade é valiosa", afirmou o primeiro-ministro turco.

A Síria também endureceu o discurso ao dizer que "terroristas" infiltrados pela Turquia haviam sido mortos ontem, em território sírio.

Bashar Assad, ditador da Síria, afirmou ontem durante discurso ao seu novo gabinete que o país vive em "estado de guerra". Como tal, todas as políticas públicas devem ser direcionadas à vitória no conflito armado, disse.

DESRESPEITO

A Turquia convocou uma reunião de emergência em Bruxelas com os países membros da Otan (aliança militar ocidental). O grupo condenou a Síria pela derrubada do avião turco. Mas o encontro não resultou em disposição para ações militares no país.

A Otan disse que o episódio do avião é um "outro exemplo do desrespeito das autoridades sírias por normas internacionais, paz, segurança e vida humana".

As relações com a Turquia estão se deteriorando desde o início das revoltas contra o regime de Assad. O país já recebeu cerca de 33 mil refugiados sírios e abriga também o rebelde Exército Livre Sírio.

CONFIANÇA

Damasco, capital da Síria, viu ontem seus confrontos mais graves desde o início da insurgência, há 16 meses.

Ativistas narram que os embates ocorreram em locais defendidos pela Guarda Republicana, tropa de elite do regime Assad. É uma situação incomum na Síria e mostra aumento de confiança entre as forças dos rebeldes.

Segundo insurgentes, dez pessoas morreram no centro de Damasco. O saldo em todo o país é de ao menos 58.

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