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Favorito, candidato do PRI encerra campanha no México

Enrique Peña Nieto pediu aos eleitores que convençam seus conhecidos a comparecerem às urnas domingo; voto não é obrigatório

SYLVIA COLOMBO
ENVIADA ESPECIAL À CIDADE DO MÉXICO

Apoio e rejeição marcaram o último dia da campanha de Enrique Peña Nieto (Partido Revolucionário Institucional), candidato favorito a ganhar a eleição para presidente do México.

Pela manhã, na plaza de los Mártires, em Toluca, cidade onde fez parte de sua carreira política, o candidato foi aplaudido e recebido calorosamente por apoiadores.

Ao lado da mulher, que é atriz de novela, de camisa branca com as mangas dobradas, o candidato com cara de galã de TV se esticava para tocar seus seguidores.

As pessoas que estavam mais próximas do palco o agarravam, dando trabalho aos seguranças.

Peña Nieto pediu que todos fossem votar e que convencessem os desanimados. O voto não é obrigatório no México e apenas 50% dos eleitores costumam comparecer às urnas.

Poucas horas depois, na plaza de la Revolución, na Cidade do México, Peña Nieto foi alvo de ataques. Um grupo de jovens do movimento "#Yo Soy 132" começou uma longa marcha contra o PRI, partido que ficou no poder durante 70 anos no século 20. "Vocês podem ver, Peña Nieto presidente não vai ser", gritavam, queimando um boneco do candidato.

"É um pouco brutal, mas não significa que queiramos mal a ele pessoalmente, mas sim que recusamos tudo aquilo que ele representa", disse à Folha Alejandra González, 23, estudante de direito da Unam (Universidade Nacional Autônoma do México).

Os manifestantes anti-Peña Nieto consideram o PRI um partido corrupto.

Peña Nieto não escondeu que reconhece os movimentos que estão contra ele. No encerramento da campanha, disse que nos últimos dias escutou distintas vozes, "as que concordam e as que têm diferenças com minha proposta, mas todas elas merecem meu maior respeito e todas precisam ser escutadas".

Ontem, foram divulgadas as últimas pesquisas de opinião. Nelas, a diferença entre Peña Nieto e o segundo colocado, o esquerdista Andrés Manuel López Obrador, varia de 8 a 17 pontos. O PRI deve fazer cerca de 44% do Congresso mexicano.

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