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Assad discute governo de transição, diz Annan

Segundo enviado da ONU à Síria, ditador sugeriu interlocutor para negociar com oposição

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O enviado especial da ONU à Síria, o ex-secretário-geral Kofi Annan, disse ontem em Genebra (Suíça) que o ditador sírio, Bashar Assad, discute a hipótese de formar um governo de transição no país.

Desde março de 2011, a Síria vive um levante contra a ditadura de Assad que já teria deixado 17 mil mortos, conforme ativistas de oposição -a censura do governo sírio à mídia barra a verificação independente dos dados.

Segundo Annan, que se reuniu com Assad em Damasco nesta semana, o ditador sírio sugeriu um interlocutor para negociar a transição com setores oposicionistas.

O enviado especial, porém, não revelou qual foi o interlocutor sugerido. "Assad indicou um nome e eu disse que gostaria de saber um pouco mais sobre esse indivíduo. Estamos nesse estágio agora."

O ex-secretário-geral também exortou o CS (Conselho de Segurança) da ONU a deixar claro para governo e oposição sírios que haverá "consequências" se as duas partes não atenderem à exigência de cessar-fogo imediato.

Rússia e China, países com poder de veto no CS, têm evitado a imposição de medidas mais duras contra a Síria. Ontem, os russos propuseram uma resolução que estende a permanência dos monitores da ONU no país, mas não prevê sanções, e insistiram em que os opositores sírios busquem negociar com Assad.

Segundo a oposição, o embaixador da Síria no Iraque, Nawaf Fares, desertou e fugiu para a Turquia. Se a notícia for confirmada, será o diplomata de mais alto posto a ter abandonado o governo.

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