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Polícia da Guiana Francesa 'caça' garimpeiros do Brasil

Oito deles são acusados pela morte de dois soldados em ação contra o garimpo ilegal

JEAN-PHILIP STRUCK
DE SÃO PAULO

A Guiana Francesa montou uma "caçada" para prender oito garimpeiros brasileiros suspeitos de matar dois soldados franceses e ferir dois policiais durante uma ação de combate à extração ilegal de ouro, no dia 27.

Anteontem, 150 militares e policiais ocuparam a região de Dorlin, no sul do país. Os dois soldados foram mortos na região, despovoada e de mata fechada. Nenhum suspeito havia sido capturado até a conclusão desta edição.

As mortes foram o episódio mais violento desde que ações contra o garimpo ilegal se tornaram regulares, em 2008. "Os garimpeiros declararam guerra à França", afirmou o senador da Guiana Jean-Étienne Antoinette. "Deixaram de ser delinquentes ambientais e agora são bandidos fortemente armados."

O confronto começou quando 20 militares e dez policiais tentavam pousar no garimpo ilegal. Os soldados, segundo a polícia, foram atingidos por munição usada em fuzis de assalto, como o M-16.

O chefe dos suspeitos de matar os militares é o brasileiro Manoel Moura Ferreira, 25, cujo grupo teria chegado à região em janeiro.

Apesar de intensificarem as operações, as autoridades locais evitaram repetir a retórica de políticos que apontam uma "escalada" da violência entre garimpeiros e policiais.

"A maior parte dos crimes acontece entre garimpeiros. Acertos de contas, roubos, questões com mulheres e bebida. É muito raro atacarem policiais", afirmou o procurador de Caiena, Ivan Auriel.

Segundo a cônsul do Brasil em Caiena, Ana Beltrame, os garimpeiros são o grupo mais miserável entre os imigrantes ilegais locais.

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