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China prevê mais dificuldade para economia Após PIB fraco no 2º tri, premiê diz que retomada ainda não está estável e que política de crescimento será ajustada Governo reduz em até 50% tributo sobre lucro de empresa estrangeira visando a incentivar o investimento externo DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIASO premiê chinês, Wen Jiabao, afirmou que a retomada da segunda maior economia mundial ainda não está estável e que mais "dificuldades" podem estar no caminho. As declarações do dirigentes foram feitas dias depois de o país descobrir que a economia cresceu 7,6% de abril a junho (ante o mesmo período de 2011), o pior resultado em três anos e o sexto trimestre seguido de desaceleração. "Deve ser claramente entendido que o momento para uma recuperação firme da economia ainda não foi estabelecido", disse o premiê. "Precisamos avaliar de maneira abrangente a situação e reconhecer os problemas, as dificuldades e riscos, em especial as pressões negativas sobre a economia." Segundo Wen, o governo vai intensificar, neste semestre, o ajuste fino nas políticas para incentivar o crescimento. A meta, disse, é "tornar essas políticas mais direcionadas, preventivas e eficazes". O primeiro-ministro, no entanto, não divulgou nenhuma nova medida, segundo a agência estatal de notícias Xinhua. Ontem, o governo anunciou que vai reduzir em até 50% os impostos que as empresas estrangeiras pagam sobre o lucro. A medida vale para países que têm acordos tributários com a China -caso do Reino Unido, por exemplo- e visa incentivar o investimento estrangeiro direto no país. Apesar de sua própria previsão de mais dificuldades, o premiê ressaltou que o crescimento atual está dentro das metas estabelecidas pelo governo no início deste ano. Em março, o próprio Wen anunciou que o governo estabeleceu o alvo de 7,5% para a expansão do PIB neste ano, e não os 8% adotados desde 2005. No entanto, a meta sempre foi vista com ceticismo já que a última vez em que a China cresceu menos de 8% foi em 1999 -nem mesmo em 2009, no auge da crise global, a expansão ficou abaixo dos 9%. E o próprio governo vem adotando novas ações para tentar incentivar a economia. O banco central reduziu os juros duas vezes, de 6,56% para 6%, e também o compulsório que os bancos devem deixar depositado. Isso visa liberar mais dinheiro para novos empréstimos, por exemplo, e acelerar a retomada. Alguns indicadores, como novos empréstimos e investimento, deram no mês passado sinais de melhora, porém, outros (produção industrial e vendas do varejo) continuaram a desacelerar. A expansão da China é seguida com muita atenção, porque ela é hoje o principal motor da economia global. O país foi em 2011 o maior exportador do mundo e o segundo maior importador (atrás só dos EUA) e tem um papel importante na definição dos preços das commodities -pelo grande consumo desses itens- e da inflação em outros países, pelos seus produtos baratos. Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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