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Dilma envia missão a Caracas por Mercosul

Comitiva acerta que Venezuela terá até dezembro para adotar código aduaneiro do bloco

FLÁVIA MARREIRO
DE SÃO PAULO

Missão enviada pela presidente Dilma Rousseff a Caracas transmitiu uma mensagem a Hugo Chávez: o Brasil quer acelerar até dezembro o processo de incorporação da Venezuela ao Mercosul.

O prazo tem dois motivos. A primeira razão é preventiva. Quanto mais avançado o processo estiver, mais difícil será para o Paraguai, suspenso do Mercosul, travar as negociações quando for reincorporado, em abril de 2013.

A segunda é que no fim de 2012 termina a presidência "pro tempore" do Brasil no bloco, que dura seis meses.

A entrada do país de Chávez ao Mercosul ocorreu à revelia do Paraguai, suspenso após o sumário impeachment de Fernando Lugo em junho.

Em tese, os paraguaios voltarão a ter direito a voto em abril, quando haverá eleições. As decisões são por consenso. À luz de hoje, há pouca esperança de que o Congresso e o novo governo paraguaios que emergirão das urnas sejam mais pró-Caracas no Mercosul, cenário agravado pelo ressentimento dos meses de exclusão.

A comitiva brasileira, chefiada pelo assessor internacional da Presidência, Marco Aurélio Garcia, negociou anteontem ao menos um prazo que deve ser assumido na terça, em Brasília, na cerimônia de adesão do país ao bloco.

Caracas terá até dezembro para adotar os códigos aduaneiros do grupo, a NCM (Nomenclatura Comum do Mercosul). Será o primeiro passo do processo de ajustes às normas que inclui a incorporação da TEC (Tarifa Externa Comum), a taxa de importação cobrada de terceiros países. Na terça, o país deve se comprometer a adotar a TEC em até quatro anos.

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