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FMI prevê Espanha em recessão por mais 2 anos

País estimava retração de seu PIB até 2013; desemprego bate novo recorde

Juros dos títulos da dívida espanhola, no entanto, caíram, ainda sob os efeitos da fala do presidente do BCE

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O FMI (Fundo Monetário Internacional) estendeu suas previsões de recessão para a Espanha, no mesmo dia em que foram divulgados números recordes do desemprego espanhol e cresceram os rumores de que o país poderá solicitar pacote de resgate.

Segundo o Fundo, a fase recessiva da Espanha deve durar ao menos até 2014 -na semana passada, o governo espanhol havia previsto encolhimento do PIB até 2013.

O FMI também previu uma retração espanhola maior no ano que vem, de 1,2% em vez de 0,6%. O órgão insistiu na necessidade das medidas de austeridade implantadas pelo premiê Mariano Rajoy, mas ponderou que elas dependem do "esforço europeu para fortalecer a união monetária".

O desemprego na Espanha atingiu 24,63% no segundo trimestre, disse o Instituto Nacional de Estatísticas. Isso equivale a 5,7 milhões de pessoas sem trabalho no país.

Um alto funcionário europeu que não quis revelar seu nome afirmou à agência Reuters que o titular da Fazenda espanhola, Luis de Guindos, levantou em encontro com alemães a hipótese de pedir resgate de € 300 bilhões -informação não confirmada.

JUROS EM QUEDA

Apesar das previsões sombrias, os juros dos títulos espanhóis com prazo de dez anos caíram (sinal de que o país pode pagar menos para se financiar), ainda sob o efeito das declarações de anteontem de Mario Draghi, o chefe do Banco Central europeu.

As taxas sobre os títulos da dívida espanhola recuaram ontem para 6,73% após alguns dias na casa dos 7%, considerada insustentável. Anteontem, Draghi prometeu fazer "o que for preciso" para manter a zona do euro unida, sem especificar medidas.

Em nota, a chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, François Hollande, ecoaram Draghi e se disseram "determinados a fazer tudo" pela eurozona.

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