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Atirador mata 6 em templo sikh nos EUA

Suspeito foi morto por policiais ao deixar prédio em Oak Creek, no Wisconsin; ação é vista como 'terrorismo doméstico'

Barack Obama e Mitt Romney lamentam as mortes; novo massacre deve recolocar armas no centro da campanha

Darren Hauck/France presse
Policiais de elite cercam o templo Sikh em que atirador matou ao menos seis pessoas
Policiais de elite cercam o templo Sikh em que atirador matou ao menos seis pessoas

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Ainda sob o fantasma do massacre no Colorado que matou 12 pessoas há pouco mais de duas semanas, os Estados Unidos presenciaram ontem mais uma tragédia no Wisconsin, onde um atirador foi responsável por ao menos seis mortes em um templo sikh. O homem foi morto logo depois, por policiais.

O ataque ocorreu por volta das 10h30, durante um culto, na cidade de Oak Creek, ao sul de Milwaukee. Não se sabe ao certo quantas pessoas teriam sido feridas pelo atirador, mas alguns jornais locais falam em "dezenas".

Em discurso divulgado pela Casa Branca, o presidente Barack Obama disse estar "profundamente triste" e lembrou "o quanto o país tem sido enriquecido com a presença dos sikhs, que são parte da ampla família americana".

"Neste momento difícil, o povo de Oak Creek deve saber que está nos pensamentos e orações do povo americano", disse Obama.

Segundo o chefe de polícia de Oak Creek, John Edwards, o incidente será tratado como um "ataque terrorista doméstico", e o FBI (polícia federal americana) vai participar das investigações. Especulava-se ontem que o ataque pudesse envolver ódio religioso.

"Levamos grande parte do dia revistando a área, a própria igreja e seus arredores, por causa dos relatos conflitantes sobre quantas pessoas estariam envolvidas", disse.

A polícia, por exemplo, não sabia confirmar ontem a existência de um outro atirador dentro do templo. As autoridades descreveram a cena no local como caótica enquanto atendiam as vítimas e tentavam descobrir o que ocorreu.

Na noite de ontem, policiais fizeram buscas em uma casa no bairro de Cudahy, que poderia ser do atirador.

Mais informações oficiais sobre o caso só serão divulgadas na manhã de hoje.

O chefe de polícia da vizinha Greenfield, Bradley Wentlandt, disse que quatro corpos foram encontrados no interior do templo e três fora dele -incluindo o do suspeito.

O atirador chegou a trocar tiros, no estacionamento, com um policial, que ficou ferido antes de derrubá-lo. O agressor foi morto por um segundo policial que chegou ao local.

O nome do suspeito não foi revelado pela polícia. Testemunhas disseram que era um homem branco e careca.

CAMPANHA

O candidato republicano à presidência, Mitt Romney, também lançou um comunicado em que estende seus "pensamentos e orações" às vítimas. "Este foi um ato de violência sem sentido e uma tragédia que nunca deveria acontecer em qualquer lugar de culto", disse, na nota.

O novo massacre deve reforçar o apelo pela discussão sobre o controle de armas dentro da corrida presidencial -o que os dois candidatos vinham evitando, mesmo após a tragédia no Colorado.

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