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Republicano é atacado por declaração sobre estupro

Deputado diz que corpo da mulher 'se fecha' para gravidez nesses casos; Romney critica

DE WASHINGTON

O folclore político americano ganhou seu "estupra, mas não mata", quando o candidato republicano ao Senado no conservador Estado do Missouri declarou a uma rede de TV na noite de domingo que "estupros legítimos raramente levam a gravidez".

Ontem, Todd Akin, atualmente na Câmara, foi obrigado a pedir desculpas após disparar um tsunami de reações negativas que culminaram com a condenação pelo candidato republicano à Presidência, Mitt Romney.

"Pelo que eu entendo dos médicos, acho que o corpo da mulher tem um jeito de fechar tudo [para a gravidez] no caso de estupros legítimos", afirmou Akin, ao responder uma pergunta sobre aborto em casos de estupro em um programa na afiliada da rede Fox News em Saint Louis.

Akin não explicou o que chama de "estupro legítimo".

O episódio deu origem a uma onda de artigos médicos desmentindo a declaração, além de protestos defendendo as vítimas de estupro.

Em comunicado, Romney criticou a afirmação, chamando-a de "totalmente errada" e enfatizando que ele e seu vice, Paul Ryan, discordam de Akin (embora Ryan, como o colega, só aceite o aborto em casos de risco de vida para a mãe, enquanto Romney considera também para estupros e incestos).

A declaração ocorre justamente em um momento em que os democratas acusam os republicanos de solapar os direitos à saúde feminina.

Akin pediu desculpas, dizendo que o que afirmou foi "totalmente errado e inadequado", mas reafirmou que manterá sua candidatura.

O comitê de campanha republicano ao Senado, porém, anunciou que cortará seu financiamento de campanha, segundo o site Politico. (LC)

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