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Aiatolá pede 'resistência' a sanções impostas ao Irã

Líder supremo Khamenei defende que o país mobilize recursos para vencer crise

DE TEERÃ

O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, lançou ontem um apelo pela implementação de uma "economia de resistência" como forma de enfrentar sanções cada vez mais acirradas impostas por EUA e União Europeia (UE).

Formalizado em encontro com a cúpula do governo, o apelo deixa clara a mudança da estratégia que consistia em minimizar o efeito das punições ao programa nuclear, suspeito de ter fins militares, o que Teerã nega.

Khamenei disse que o esforço deve incluir a mobilização de todos os recursos financeiros e humanos da economia estatal e privada.

O objetivo, segundo o líder, é estimular a produção nacional, resolver problemas sociais e erradicar fraudes.

"Numa economia [de resistência], o progresso da nação é preservado, e a vulnerabilidade aos complôs inimigos diminui", disse Khamenei, autoridade máxima do país.

"As potências arrogantes estão usando seu peso para forçar o Irã a recuar [de suas posições], e o governo deveria apagar essas ilusões usando o máximo dos potenciais da nação", disse Khamenei.

Ele se referia às mais recentes sanções americanas e europeias, que incluem um embargo total ao petróleo e ao Banco Central do Irã, além da exclusão do país do sistema financeiro internacional, o que dificulta até a importação de bens de consumo.

As punições levaram à disparada da inflação, à queda da produção industrial e ao aumento do desemprego.

(SAMY ADGHIRNI)

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