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Samsung é condenada a pagar US$ 1 bi à Apple

Justiça dos EUA decide que a empresa sul-coreana infringiu patentes de celular da companhia norte-americana

Júri popular de corte na Califórnia conclui que a Apple não violou patentes da rival, que deve recorrer da decisão

FERNANDA EZABELLA
DE LOS ANGELES

A Apple saiu como grande vencedora da batalha jurídica que travava contra a Samsung numa corte federal de San José, coração do Vale do Silício, nos EUA, após um júri popular decidir ontem que a empresa sul-coreana terá que pagar US$ 1 bilhão (R$ 2 bilhões) por infringir seis de suas patentes de celular.

Também ficou decidido que a empresa californiana não violou nenhuma patente de tecnologia móvel da Samsung, que exigia US$ 422 milhões em danos. A empresa deve recorrer das decisões.

A Apple, cujas ações subiram no "after market" (compra e venda de ações após o pregão) logo após a decisão, havia pedido US$ 2,5 bilhões ao acusar a Samsung de copiar elementos do iPhone e do iPad. As duas empresas são as maiores fabricantes de celulares do mundo, com a coreana à frente da Apple, que, por sua vez, lidera o mercado de tablets.

O júri afirmou que a Samsung violou todas as patentes em disputa, com exceção de uma sobre o design físico do iPad. Em cinco dessas violações, de acordo com o júri, a empresa o fez de forma intencional, o que explica o valor alto da indenização.

Funções como tocar para ampliar, pinçar para ampliar e o efeito de elástico em rolagem de páginas foram copiadas do iOS, o sistema operacional da Apple, pela Samsung, segundo a decisão.

Especialistas ouvidos pela Folha afirmaram que ainda é cedo para analisar os efeitos na indústria, mas que poderá afetar o futuro dos designs de aparelhos móveis.

O julgamento levou cerca de um mês, com ambas as firmas gastando milhões de dólares com depoimentos de diversos especialistas. Funcionários também foram convocados, e e-mails corporativos foram usados como provas, trazendo à luz os bastidores de criação dos aparelhos, incluindo o iPhone.

O júri composto por sete homens e três mulheres chegou ao veredicto após apenas 22 horas de deliberações, em três dias, uma decisão considerada bastante rápida devido à complexidade do caso.

Num comunicado divulgado após a leitura da sentença, a Apple "aplaudiu" o resultado e afirmou que o julgamento era "muito além de dinheiro" e "mandou uma mensagem clara que roubar não é certo".

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