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Morre Neil Armstrong, 82, o primeiro homem a pisar na Lua

É dele a frase "um pequeno passo para um homem, mas um grande salto para a humanidade"

O astronauta estava internado em hospital dos EUA após passar por cirurgia e morreu devido a complicações

Associated Press - 24.jul.1969
O presidente Richard Nixon se encontra com Neil Armstrong (esq.), Michael Collins e Edwin "Buzz" Aldrin em navio após o resgate dos astronautas
O presidente Richard Nixon se encontra com Neil Armstrong (esq.), Michael Collins e Edwin "Buzz" Aldrin em navio após o resgate dos astronautas

RAFAEL GARCIA
EM WASHINGTON

Neil Armstrong, o primeiro homem a pisar a Lua, morreu ontem aos 82 anos num hospital em Columbus, Ohio (EUA). O astronauta estava internado desde 7 de agosto, quando passara por uma cirurgia para desobstruir artérias coronárias. Sua morte às 15h45 (hora de Brasília) ocorreu em razão de complicações surgidas na operação.

Armstrong foi o comandante da missão Apollo 11, que chegou à superfície da Lua em 20 de julho de 1969. Ao colocar os pés em solo lunar, cunhou a célebre frase: "É um pequeno passo para um homem, mas um grande salto para a humanidade".

Armstrong, que morava na periferia de Cincinnati, era um homem relativamente recluso e sempre aceitou com relutância o tratamento de celebridade que lhe era dado em todo lugar que ia.

"Além de ser um dos maiores exploradores da América, Neil possuía uma graça e uma humildade que era um exemplo para todos nós", afirmou ontem em Washington o astronauta Charles Bolden, administrador da Nasa, a agência espacial dos EUA. "Quando o presidente John Kennedy desafiou a nação a mandar um homem para a Lua [em 1961], Neil Armstrong aceitou sem reservas."

O comunicado emitido ontem pela família de Neil Armstrong não trazia nenhuma informação sobre velório e enterro do astronauta. "Tanto quanto ele prezava sua privacidade, ele sempre apreciava a expressão de boa vontade por pessoas de todo o mundo e de qualquer status."

Edwin "Buzz" Aldrin, 82, companheiro de tripulação de Armstrong, disse que o considerava um grande "porta-voz" e um "líder" na defesa do programa espacial. "É, de fato, nós não poderemos mais estar juntos como tripulação no 50º aniversário [da Apolo 11], em 2019", disse em depoimento à BBC. "Eu aguardava isso ansiosamente", afirmou o astronauta, que foi o segundo homem a pisar na Lua, após perder uma disputa interna na decisão de quem teria a glória de ser o primeiro.

POLÍTICA E ESPAÇO

Num momento em que questões orçamentárias sobre o futuro da Nasa estão em discussão na campanha presidencial nos EUA, os dois candidatos reagiram rapidamente à notícia.

"Neil estava entre os maiores heróis americanos, não apenas deste tempo, mas de todos os tempos", afirmou o presidente Barack Obama. "Sua paixão pelo espaço, pela ciência e pela descoberta, além de sua devoção pela América, vão me inspirar por toda a vida", disse Mitt Romney, candidato à Presidência.

Após deixar a Nasa e o programa Apolo, Armstrong foi lecionar engenharia aeroespacial na Universidade de Cincinnati, onde se aposentou como professor em 1979.

No comunicado que transmitiu à imprensa, a família de Armstrong disse o que fazer para homenagear o astronauta: "Na próxima vez que você estiver caminhando ao ar livre em uma noite limpa e vir a Lua sorrindo para você, pense em Neil Armstrong e pisque o olho para ele."

NA INTERNET
Veja vídeo do pouso
folha.com/no1143308

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