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Análise

Pouso lunar foi um golpe de propaganda para países capitalistas

RICARDO BONALUME NETO
DE SÃO PAULO

Neil Armstrong foi uma escolha perfeita da Nasa. Já era um herói de guerra, um aviador naval que tinha voado missões de combate na Guerra da Coreia (1950-1953). Virou um piloto de teste de primeira classe.

E era bom com frases. Curiosamente, a transmissão pela precária televisão preto e branco da época cortou o "um" antes de "homem" de sua célebre frase, criando uma dessas polêmicas bobas, se ele de fato teria dito a palavra.

O caso lembra as teorias conspiratórias que afirmam que o pouso na Lua foi uma invenção dos americanos -assim como o 11 de Setembro e o vírus da Aids.

O fato é que o pouso lunar foi um grande golpe de propaganda para o autodenominado "mundo livre", os países capitalistas liderados pelos EUA envolvidos em uma Guerra Fria com o mundo comunista. Com o Vietnã, por sinal, os EUA travavam uma guerra "quente" e altamente polêmica, que o voo lunar ajudou a esquecer um pouco.

Os soviéticos venceram as duas primeiras etapas da corrida espacial -colocar o primeiro satélite em órbita (Sputnik-1, em 1957) e o primeiro homem em órbita da Terra (Iuri Gagárin, 1961). Mas levar os primeiros homens à Lua deixou isso na sombra.

A ciência, apesar de suposta causa da corrida espacial, não se saiu tão bem. Rochas lunares foram trazidas, a distância do satélite para a Terra foi detalhada, mas nada disso respondeu a uma pergunta: como surgiu a Lua?

Mas ver Armstrong pisar no satélite foi um momento mágico, que todos nós que vimos nunca esqueceremos.

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