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De olho na reeleição, presidente faz de diálogo aposta arriscada

DE SÃO PAULO

Ao apostar seu capital político num diálogo com as Farc, o presidente Juan Manuel Santos entra em terreno perigoso, considerando suas pretensões -não oficiais- de disputar a reeleição em 2014.

"A maioria da população sempre foi favorável ao diálogo, mas há uma enorme desconfiança das Farc. A população é cética, acredita pouco que possa funcionar", diz Rodrigo Pardo, ex-chanceler no governo Ernesto Samper (1994-1998).

Para Pardo, a correlação de forças agora favorece o governo. "Há um Exército mais forte, com apoio e tecnologia dos EUA e uma guerrilha encurralada geograficamente."

Ainda assim, ele vê riscos: "O risco maior é deixar que o processo se prolongue e contamine o debate de 2014", diz.

Ao contrário de vários analistas, Pardo elogia o início do diálogo sem cessar-fogo.

"No passado, quando as tréguas se rompiam por um incidente, às vezes lateral, às vezes sem ligação comprovada com o conflito interno, o processo estancava. Agora o risco político é maior, mas, pragmaticamente, é o mais adequado".

(FLÁVIA MARREIRO)

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