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Furacão perde força, mas causa estragos em Nova Orleans

Isaac voltou a ser 'tempestade tropical'; ainda assim, obrigou 3.000 a sair de casa e deixou 800 mil sem luz

Região rural próxima a cidade atingida pelo Katrina em 2005 foi a mais afetada; Louisiana contabiliza uma morte

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Sete anos depois de ser devastada pelo furacão Katrina, Nova Orleans viu ontem o furacão Isaac perder força ao se aproximar da cidade e ser rebaixado novamente à categoria de tempestade tropical.

Mas mesmo com ventos de, no máximo, 112 km/h (abaixo da marca de 119 km/h que determina um furacão de categoria 1), o Isaac trouxe fortes chuvas à região e obrigou a retirada de cerca de 3.000 pessoas no condado de Plaquemines, área rural ao sul de Nova Orleans.

Ao menos uma morte foi atribuída na Louisiana à passagem do Isaac -apesar de ter ocorrido antes de a tempestade chegar à região.

No condado de Vermilon, um homem de 36 anos morreu ao cair de uma árvore, enquanto ajudava os amigos a mover um carro que estava preso sob ela.

Durante toda a tarde de ontem, barcos foram usados para resgatar cerca de 120 pessoas que ficaram ilhadas na região de Plaquemines, onde as águas do rio Mississippi venceram uma barragem de 2,5 metros de altura.

Uma autoridade local anunciou que será feita uma abertura na estrutura para reduzir a pressão das águas sobre o dique em Plaquemines.

O sistema de barragens da chamada Grande Nova Orleans recebeu investimentos de US$ 14,5 bilhões após as mais de 1.800 mortes causadas pelo furacão Katrina, em 2005.

Mesmo assim, o prefeito de Nova Orleans, Mitchell Landrieu, defendeu ontem a eficácia da barreira. "O sistema está segurando [as águas] exatamente como deveria. Está funcionando como esperávamos", disse.

REAÇÃO

Num evento de campanha em uma universidade da Virgínia, o presidente Barack Obama fez questão de ressaltar que seu governo está "fazendo tudo o que pode para assegurar que as pessoas [da região] estejam protegidas".

Seu antecessor, George W. Bush, foi extremamente criticado por sua lenta reação após o desastre.

Companhias de energia estimavam que mais de 800 mil pessoas tenham ficado sem energia nos Estados de Louisiana, Mississippi, Alabama, Florida, Texas e Arkansas.

Cerca de 60 trechos de rodovias foram bloqueados na Louisiana. O governador do Estado, Bobby Jindal, calcula que 800 casas foram danificadas.

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