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Seita de reverendo Moon investe em hospital em MS

Construção de unidade vai custar R$ 32 mi; 60% dos atendimentos serão feitos pelo SUS

CLARA ROMAN
DE SÃO PAULO

Uma associação fundada pelo reverendo Moon, morto no domingo, aos 92, planeja investir R$ 32 milhões na construção de um hospital em Guia Lopes da Laguna (MS), ampliando um império empresarial e financeiro alvo de polêmicas e que inclui indústrias e universidades.

A região que será atendida pelo hospital, no sudoeste de Mato Grosso do Sul, próximo ao Paraguai, abriga as 22 fazendas da entidade no país. Em 2002, quando foi acusada pelo Ministério Público Federal de lavagem de dinheiro, eram 46 as propriedades rurais registradas no Incra.

A Associação das Famílias pela Unificação e Paz Mundial é alvo de quatro processos por construir em áreas de preservação permanente. Três termos de ajustamento de conduta foram assinados para regularizar a situação.

O projeto do hospital, segundo a associação, é uma parceria com o governo do Estado e deve começar a ser construído em 2013. Como comparação, o município recebeu, neste ano, R$ 70 mil do Fundo Nacional de Saúde para atendimentos de média e alta complexidade.

O prefeito do município, Jácomo Dagostin (PMDB), diz que a cidade foi escolhida por ser porta de entrada do Pantanal. Em contrapartida, a prefeitura doou um terreno de R$ 270 mil à associação.

A obra será financiada por um fundo criado por médicos japoneses da associação. "Eles sabem que era um sonho antigo do reverendo", diz José Almeida, responsável pelos negócios da entidade na área de saúde. Com 150 leitos, o hospital atenderá 140 mil pessoas da região. Cerca de 60% dos atendimentos serão pelo sistema público.

Almeida diz que Moon, que morreu de pneumonia,"se apaixonou" por Mato Grosso do Sul há mais de 20 anos. Guia Lopes da Laguna decretou luto de três dias.

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