Tremor deixa ao menos 80 mortos na China

Dois terremotos consecutivos no sudoeste da China mataram ao menos 80 pessoas e feriram outras 731, segundo informações oficiais. Os tremores ocorreram às 11h19 e 12h16 no horário local (11 horas a mais do que Brasília) e atingiram magnitude 5,7 e 5,6, respectivamente.

Quase todas as vítimas são do condado de Yiliang, na Província de Yunnan. As autoridades afirmam que 6.650 casas foram destruídas e outras 430 mil ficaram danificadas. Mais de 100 mil moradores deixaram as suas casas, número que pode dobrar nas próximas horas.

Houve interrupção da eletricidade, e várias estradas ficaram interditadas por causa de deslizamentos, dificultando os serviços de resgate.

Menos atingida, a Província vizinha de Guizhou registrou 18 casas destruídas e 10 mil construções danificadas, com apenas dois feridos.

Para ajudar no resgate, foram enviados 1.300 soldados a partir da cidade de Chengdu, também no sudoeste.

"A parte mais difícil do resgate será o tráfego", disse Li Fuchu, prefeito da cidade de Luozehe, à agência Xinhua.

"As estradas estão bloqueadas, e as equipes de resgate têm de escalar montanhas para chegar às vilas mais atingidas."

"É assustador. Meu irmão foi morto por pedras. Os tremores continuam. Estamos muito assustados", disse o mineiro Peng Zhuwen, também para a agência Xinhua.

A região de Yiliang, bastante montanhosa, tem 5,6 milhões de habitantes, é bastante pobre e possui várias construções precárias, aumentando o temor de que o número de mortos cresça.

A China sofreu dois fortes terremotos nos últimos anos. O mais grave tremor aconteceu em 2008, na Província de Sichuan, também no sudoeste, com um saldo de 68 mil mortos.

Ao menos 5.000 mortos eram crianças, que foram soterradas enquanto estudavam, o que gerou onda de críticas à qualidade de construção das escolas públicas.