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Eleições nos EUA

Romney agora diz que vai manter partes da lei de saúde de Obama

Candidato republicano se mostrou a favor de preservar regras sobre a cobertura de doenças preexistentes

Até ontem político havia mantido discurso de substituição total da reforma que garantia mais serviços públicos

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
DO “NEW YORK TIMES”

Após meses de críticas, o candidato republicano à Presidência dos EUA, Mitt Romney, fez ontem concessões à reforma do sistema de saúde promovida pelo presidente Barack Obama.

Em entrevista ao programa de TV "Meet the Press", da NBC, Romney disse que não descartaria por completo a lei de seu adversário.

"Eu não vou me livrar de toda a reforma. Há certos pontos de que eu gosto e que pretendo colocar em prática. Um deles é garantir que os planos cubram doenças preexistentes", disse.

A mudança de tom, logo após Romney ter assegurado apoio da base conservadora do partido na convenção republicana, é uma forma de o candidato tentar atrair apoio de eleitores moderados.

O tema é delicado para o republicano: sua reforma de saúde quando governador de Massachusetts é semelhante à de Obama, o que nunca agradou a conservadores.

O plano dos democratas proíbe companhias de seguros de se recusarem a cobrir pessoas com doenças preexistentes e permite a jovens serem incluídos nos planos dos pais até os 26 anos.

Romney, porém, enfatizou que irá "substituir o plano de Obama. Vou colocar meu próprio plano no lugar".

Obama criticou duramente, nos últimos dias, as propostas de mudança de Romney no sistema público de cobertura de saúde de idosos, chamado Medicare.

O democrata fez campanha na Flórida durante o fim de semana.

Obama ressaltou em seu comício, ontem, um estudo de um grupo democrata que concluiu que alguém que se aposente aos 65 anos em 2023 terá de pagar, em média, US$ 59,5 mil (cerca de R$ 120 mil) a mais em despesas de saúde durante o resto de sua vida, caso o plano de Romney entre em vigor.

O estudo foi conduzido por David Cutler, professor de Harvard e especialista em política sanitária que trabalhou no governo Clinton e na campanha de Obama em 2008.

Romney, endossando um plano anunciado por seu candidato a vice, Paul Ryan, pretende conter os gastos do Estado com o Medicare por meio de "vouchers" que os aposentados poderiam gastar tanto com a cobertura pública quanto com planos privados.

Ainda no programa, Romney se disse contra um acordo firmado ano passado da Casa Branca com os líderes republicanos do Congresso que visa reduzir o deficit no orçamento.

O candidato não citou nomes, mas Ryan foi um dos signatários do pacto.

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