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Japão compra ilhas e enfurece Pequim

DE PEQUIM

O governo japonês fechou um controvertido acordo para a compra de três ilhotas no oceano Pacífico, apesar da oposição da China, que reclama a soberania do arquipélago, rico em pesca e com potencial para gás natural.

A aquisição foi classificada de "ilegal e inválida" pela agência oficial de notícias chinesa Xinhua, que acusou o Japão de "ter jogado as relações bilaterais num caldeirão fervente".

Em nota, a Chancelaria chinesa disse que a compra "é uma séria violação à soberania chinesa e machuca seriamente o sentimento de 1,3 bilhão de chineses. O governo e o povo expressam firme oposição e protestam energicamente".

As ilhas Senkaku, ou Diaoyu, para os chineses, são a principal fonte de atrito nas já complicadas relações bilaterais, marcadas pela violenta ocupação japonesa de parte da China entre 1931 e 1945.

A atual crise teve início no começo deste ano, quando o prefeito de Tóquio, o ultranacionalista Shintaro Ishihara, anunciou querer comprar o arquipélago, propriedade de uma família japonesa, provocando a ira de Pequim.

Em julho, o governo japonês anunciou planos para a aquisição das ilhas, aparentemente para se antecipar a Ishihara.

O governo japonês já alugava o arquipélago, desabitado há décadas. O valor da transação não foi oficialmente divulgado, mas, segundo informações da imprensa japonesa, deve totalizar 2 bilhões de ienes, o equivalente a US$ 26 milhões.

DESENTENDIMENTOS

No mês passado, o Japão prendeu e deportou um grupo de ativistas chineses que desembarcou no arquipélago. O episódio provocou uma onda de protestos em pelo menos 12 cidades chinesas. Carros fabricados no Japão e restaurantes de comida japonesa foram depredados.

Segundo a agência de notícias Reuters, a crise já provocou queda na venda de carros japoneses na China.

Em 2010, a apreensão de um pesqueiro chinês na região disputada fez Pequim restringir a venda ao Japão de metais de terras-raras, como o escândio, o ítrio e o lantânio, essenciais na fabricação de eletrônicos. A China é praticamente o único produtor mundial deste segmento, com 97% do mercado. (FM)

Balança comercial chinesa decepciona

folha.com/no1151450

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