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Credores abrandam exigências para o resgate de Portugal

País agora precisa chegar ao fim do ano com deficit no orçamento de 5% em relação ao PIB, em vez de 4,5%

Na Espanha, pedido de resgate da Catalunha ao governo central motiva série de protestos contra premiê Rajoy

Lluis Gene/France Presse
Catalães fazem passeata contra política econômica do governo espanhol em Barcelona
Catalães fazem passeata contra política econômica do governo espanhol em Barcelona

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Numa concessão que pode gerar precedente para outros países em crise, Portugal ganhou ontem melhores condições para se ajustar às medidas de austeridade estabelecidas por seus credores.

A meta do país para o deficit no orçamento em relação ao PIB agora é de 5%, em vez dos 4,5% previamente combinados. A notícia pode ser alentadora para a Grécia, beneficiária de um programa de resgate semelhante.

Também para 2013 a meta do deficit no orçamento também foi abrandada, de 3% para 4,5% do PIB.

Apesar da revisão, o ministro das Finanças, Vitor Gaspar, anunciou que o governo já prepara novas medidas de austeridade para 2013.

Segundo Gaspar, o novo deficit foi acordado com a "troica" de credores (FMI, a Comissão Europeia e Banco Central Europeu), cujos representantes estiveram no país para avaliar a implementação das exigências nas duas últimas semanas.

As instituições financiaram um pacote de resgate de € 78 bilhões (cerca de R$ 202,5 bi) ao país em maio do ano passado.

"Embora o comportamento da despesa em 2012 seja melhor que o estimado no orçamento, as receitas são significativamente inferiores às previstas", afirma um relatório do FMI divulgado ontem.

A instituição ainda recomenda, no relatório, que Portugal reforce o cumprimento das obrigações fiscais, reduza as perdas das empresas do Estado e racionalize a administração pública.

O país deve ver sua economia -de € 171 bilhões- encolher neste ano em 1%.

CATALÃES PROTESTAM

Do outro lado da península, milhares de pessoas tomaram as ruas de Barcelona no Dia da Catalunha, em que a comunidade autônima celebra seu orgulho nacionalista.

Neste ano, a data ganhou ares de protesto, principalmente devido ao resgate de € 5 bilhões que a região teve de pedir ao governo central.

Lideranças políticas, entre elas o governador Artur Mas, creditam a medida à supostamente injusta distribuição dos repasses federais.

Mas terá uma reunião com o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy,dia 20.

"Meu objetivo é tentar alcançar um acordo com o governo central no terreno econômico e dar à Catalunha as ferramentas para construir nosso futuro nacional", declarou.

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