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Milhares protestam contra ideia de 'nova reeleição' para Cristina

Proposta é de intelectuais; presidente argentina não se manifestou

Carlos Greco/DYN
Protesto na praça de Maio (Buenos Aires) contra proposta de nova reeleição de Cristina
Protesto na praça de Maio (Buenos Aires) contra proposta de nova reeleição de Cristina

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Milhares de manifestantes convocados pelas redes sociais reuniram-se ontem à noite em Buenos Aires para protestar contra a proposta -feita por intelectuais ligados ao governo- de mudar a lei para que a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, possa se reeleger outra vez.

O protesto ocupou a praça de Maio - na frente da Casa Rosada, a sede da Presidência argentina- com o tradicional bater de panelas e cartazes de "não à re-reeleição".

Também foram registradas manifestações em outras cidades argentinas, como Rosario, Córdoba, Mendoza, Mar del Plata e Bariloche.

Eleita em 2007 e reeleita no ano passado para dois mandatos de quatro anos, Cristina precisaria de uma maioria especial de dois terços dos deputados e dos senadores argentinos para mudar a Constituição e poder se candidatar a um terceiro mandato.

Porém nem a presidente nem seus ministros e líderes do governo no Parlamento se manifestaram sobre a ideia, lançada pelo grupo de intelectuais "Carta Abierta".

Durante um evento na cidade de San Juan, no oeste do país, Cristina disse a jovens kirchneristas defensores da "re-reeleição": "Seja qual for o lugar que me cabe, farei o que sempre tenho feito, que é militar e trabalhar. Não faço outra coisa da vida".

Atualmente, apesar de ter maioria no Congresso, o governo não teria apoio suficiente para mudar a Carta.

Além disso, Cristina enfrenta vários problemas econômicos em seu segundo mandato, como deficit energético, fuga de capitais, inflação alta -maquiada pelos números oficiais- e baixas reservas internacionais.

Neste ano, seu governo já implantou uma série de medidas de controle do dólar para tentar estancar a fuga de divisas, desagradando a setores da população e gerando insegurança no mercado.

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